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AMIGOS, O BLOG TÁ DE CARA NOVA, ENDEREÇO NOVO, MAS COM O MESMO CONTEÚDO. OU MELHOR, TENTANDO MELHORAR CADA VEZ MAIS! NOS VEMOS POR LÁ…

 http://entretenimento.r7.com/blogs/enodeco/

Qual não foi minha surpresa ao olhar os desenhos abaixo e saber que eles foram feitos com VINHO?! E qual não foi maior a surpresa quando vi que os desenhos eram de Marcelo Daldoce, competente artista, ou Diretor de Arte como eu o conheci quando trabalhamos na DPZ?! Enfim, acho que além da beleza dos desenhos, estas peças tem um charme a mais, que é o material utilizado para fazê-las. Idealmente Daldoce queria retratar os Premier-Cru de Bordeaux com o próprio vinho de cada um. Ou seja, Desenhar o Chateau Margaux usando o próprio vinho. Desenhar o Mouton, o Lafite, o Haut-Brion e o Latour exatamente com estes vinhos. Mas é claro que os custos não permitem muito…

Além dos famosos Chateau, Daldoce fez outras pinturas usando vinhos varietais e até mesmo um vinho branco, chardonnay. E também retratou com vinho alguns sommeliers famosos, como Thiago Locatelli e Manoel Beato, que foi um projeto que fez para a Folha de São Paulo. Os vídeos e outras imagens estão aqui e vale a pena conferir! Fiquei feliz e surpreso de ver este belo trabalho, Daldoce… Parabéns meu amigo! Ops… Lampadinha !

Acho que são desenhos que todo bom enófilo gostaria de ter na parede de casa, principalmente se for perto da adega!

CHEERS!!

 

Recebi esta indicação de cinho do amigo blogueiro Gustavo Jota, do blog “Bebideira“. Uma sugetsão boa para estes dias de calor que começam a nos assolar… Gustavo, obrigado pela dica!

Disse ele:

“Vinho branco seco italiano de donominação de origem controlada, DOC, Frascati da região de Lazio, como cita no rótulo, na Via Romana. Excelente vinho para acompanhar um Lombinho de Porco. Servir em torno de 12oC, caiu muito bem como uma alternativa em uma noite quente de primavera. Sabor suave, baixo álcool residual, fundo de maçãs verdes e madeiras. Comprado no supermercado Angeloni da Beira Mar de Florianópolis. R$ 29,90 a garrafa.”

Independentemente do produtor, pode-se dizer que os Frascatis são realmente ótimas opções para o calor. Estes vinhos brancos, oriundos da região do Lazio, onde fica a capital Roma, são feitos com variedades locais como a Malvasia e a Trebbiano. São vinhos secos, alguns levemente frisantes e geralmente herbáceos e refrescantes. Os preços são também convidativos e não costumam ser elevados. Vale  a aposta!

CHEERS!!

VINH007

Merchandising em TV e Cinema é algo comum e que costuma dar bons resultados aos anunciantes, se o produto tiver pertinência e for bem encaixado. Esta técnica na publicidade é antiga e tem mostrado uma evolução legal em como o produto ou serviço entram em cena. No mundo do vinho esta prática não é tão comum como em outras categorias. Mas quando ela aparece, é pra valer.

Muito provavelmente será o caso dos próximos filmes do agente mais famoso do mundo, James Bond, o 007. Isto porque os produtores dos filmes de Bond estão negociando com ninguém menos que Hubert de Bouard, proprietário e enólogo do Château Angélus. E isto começou com uma despretensiosa aparição do Ângelus 1982, que apareceu em 2006 em uma cena do filme Casino Royale. Esta simples aparição, mesmo que por alguns segundos com Bonde bebendo o líquido, impulsionou as vendas deste famoso e respeitado vinho.

A parceria ainda não está oficializada, mas segue a passos largos, afinal, Bond, um apreciador de vinhos, merece um bom exemplar depois de suas agitadas e explosivas cenas…

CHEERS!!

A próxima Terça-Feira, 08 de Novembro promete abalar a capital paulistana. A começar pela Feira de Organicos e Biodinamicos a ser realizada na Casa da Fazenda, que já comentei aqui antes.

Depois, o enólogo da Viña Santa Rita, uma das maiores e mais importantes do Chile estará no Brasil semana que vem comandando uma degustação especial e premium de seus vinhos mais importantes e reconhecidos na Importadora Grand Cru. Ignacio Villalobos passará por São Paulo, Curitiba, Londrina e Porto Alegre Ele comandará uma série de degustações especiais com vinhos topo como Medalla Real Sauvignon Blanc 2008, Pehuen 2005, Floresta Apalta Cabernet Sauvignon 2004, Triple C 2005 e o cultuado Casa Real 2005.

Em São Paulo o evento será na loja da Bela Cintra, no dia 08 de Novembro às 20:00 e custará R$ 120,00.

Já a Importadora Decanter promove neste mesmo dia uma degustação com o premiado e competente sommelier Guilherme Correa dos vinhos da premiada vinícola Noezelandeza Craggy Range, que tem vinhos bem pontuados, entre eles o Le Sol Syrah 2007, que foi o vinho mais bem pontuado da NZ, com 96 pontos de Robert Parker. Outro vinho, o Sophia 2007 foi o segundo mais bem pontuado da história da Nova Zelandia, com 95 pontos do mesmo crítico. Mais 5 vinhos completam a lista da noite.

Será no mesmo dia 08 de Novembro às 19:30 e o custo é de R$ 150,00,  revertidos em venda no final do evento. Mais informações pelos telefones 11 3702-2020 ou 3073-0500.

Uma terça-feira para ninguém reclamar…

 

CHEERS!!

Ontem coloquei um post sobre uma vinícola da Nova Zelândia que começou a colocar o número de emissões de Gás Carbônico nos rótulos de um dos seus vinhos. Mas a discussão, pode ir além e até seguindo o comentário do amigo e assíduo leitor Ciro, queria falar um pouco sobre os efeitos do aquecimento global na produção de vinhos. E quando estava escrevendo este post, chegou um e-mail da Helena, minha mulher, com um link muito legal e que tem tudo a ver com o assunto. O link é do Opera Mundi e fala exatamente sobre o aquecimento global e suas consequências na indústria vinícola.

O fato é que há muitas especulações e ainda poucas comprovações. Há também aqueles que exageram um pouco, assim como há aqueles que dizem que nada vai acontecer e que a produção de vinhos não será afetada. De tudo que eu já ouvi e li a respeito, acho que algumas coisas fazem muito sentido. Por exemplo, as grandes regiões produtoras hoje estão entre os paralelos 30 e 45, tanto ao norte como ao sul, mas não é por acaso que a Inglaterra, acima desta faixa começa a produzir vinhos, afinal com um clima mais frio, as ondas de calor tem menos intensidade por lá.

Outro fato que é verídico, é que o excesso de calor faz as uvas amadurecerem mais rapidamente. com isto, os vinhos acabam concentrando muito açúcar e este açúcar vai ser transformado em álcool. E isto quer dizer que os vinhos ficarão, ou tem ficado, mais alcoólicos. E prejudica mais as uvas delicadas, como a Pinot Noir, que é uma uva que precisa de temperaturas mais moderadas para amadurecer da maneira correta.

Os argumentos, na minha opinião são todos prejudiciais ao universo vinícola, exceto às novas regiões que surgirão, claro. Mas há algo neste artigo do Opera Mundi que não vai causar boas sensações em alguns produtores, principalmente os que levam o apelo organico e biodinâmico a sério. No artigo, Joël Rochard, especialista da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), diz que os efeitos do aquecimento global podem ser minimizados com avanços científicos interferindo nas características do solo, das vinhas, controlando a exposição solar, alterando as dosagens e desenvolvendo leveduras especificas. Não parece ser algo que muitos produtores gostariam de fazer, mas por outro lado, pode ser realmente algo a se pensar, inclusive em termos de apelações e denominações de origem na Europa.

Amigo, o assunto é vasto, é polêmico e ficaríamos horas escrevendo e discutindo. Mas cabe a nós melhorarmos este cenário e evitarmos que o pior aconteça….

CHEERS!!

As vinícolas do mundo todo, preocupados com o aquecimento global, que fatalmente influenciará os seus negócios, estão inovando cada vez mais. Uma vinícola da Nova Zelândia será a primeira a estampar em seus rótulos as emissões de carbono por cada taça de 125 ml. A New Zeland Wine Company fará esta inovação em seu “Mobius Marlborough Sauvignon Blanc”.

Neste caso, as emissões de carbono, serão medidas separadamente para cada um dos mercados de exportação que a vinícola atua. Por exemplo, as garrafas na Nova Zelândia terão um valor de 140g de CO2, enquanto garrafas vendidas na Austrália irão exibir 190g. E por aí vai para cada país que chegar o vinho, considerando o tipo de transporte, o combustível gasto e outros fatores.

 Certamente é uma bela iniciativa e acho que só vem para acrescentar pois mostra e conscientiza os consumidores sobre as mudanças climáticas e assim podemos cobrar dos produtores que tenham níveis de emissões cada vez mais baixos!

CHEERS!!

Semana passada tivemos mais um embate de gigantes na Confraria dos Publicitários. Novamente os Brunellos entraram em jogo, desta vez para tirar a limpo a estória de que o Renina do Gaja ganhou a outra pois não foi às cegas. Então, com muito esforço, fomos lá…

Com 4 ausências – Marcio, Duda, Gaion e Rafa – o evento sentiu a falta deles, mas não perdeu em grandiosidade. Para compensar, o sempre solícito e surpreendente Gomez levou um Brunello a mais, de um amigo importadora, que queria que experimentássemos o vinho. Então, tínhamos 6 pessoas e cinco garrafas. A noite prometia!

Depois de goles e mais goles, começamos a eliminar os vinhos. Em quinto lugar ficou o tal vinho do amigo do Gomez, nada menos que um Pian delle Vigne 2004, feito pelas mãos competentes e cuidadosas da Família Antinori. Com 90 RP e 91WS, era um Brunello que nunca havia tomado e sempre tive curiosidade. Mas me decepcionou. Foi quase uma unanimidade que seria o primeiro a cair. Depois, uma surpresa: O próximo a cair foi o cultuado Valdicava Madonna del Piano também 2004, levado pela dupla Gomez e Fred “Muller” Prateado. Este vinho, que tem 96+RP e 96WS sempre foi um dos mais aclamados Brunellos, mas acho que estava novo demais. Mostrou uma potencia impressionante, mas ainda muito alcoólico e nariz não tão desenvolvido e à altura do vinho que é. Uma pena, mas que daqui há uns 4 aninhos estará espetacular. E Gomez, que apostou alto, ficou inconformado. Saiu da mesa, não queria mais comer, começou a chorar, se trancou no banheiro e falou que não ia mais sair de lá … J

Os 3 que restaram foram caminhando e o próximo eliminado foi um surpreendente Poggio San Polo 2004, que eu nunca havia ouvido falar. Um vinho equilibrado, apesar de novo para um Brunello, estava mais pronto para tomar que os outros. Nem parecia Brunello e encantou por causa disso! Com 93WS e 92RP, a dupla Gaion e Herbert apostou bem e surpreendeu por ser um Brunello diferente!

E então veio a disputa do campeão e do vice, que desta vez não foi tão ferrenha. Desde o começo o vinho campeão já vinha se destacando e levou 4 votos, contra 2 do vice. Vice este que era do Rafa e meu, um Frescobaldi Castelgiocondo 1997, com 96WS, esta foi uma das épicas safras para os Brunellos. Apesar de seus 13 aninhos de idade, ainda estava um pouco fechado, mostrando boa guarda ainda, mas já encantador! E o grande vencedor garantiu o Tetra ao Dado e o primeiro título ao Edu, com um Brunelaço, o Casanova di Neri Tenuta Nuova 2003. 92RP e 92WS, este vinho estava realmente delicioso. Mais pronto que o Frescobaldi 1997, era um típico Brunello com excelente corpo, equilíbrio entre a acidez e o álcool e um nariz maravilhoso, com madeira balanceada e na medida certa.

Mais uma noite inesquecível, com uma comida primorosa do Piselli, como sempre, fora o serviço atencioso e cuidadoso do Fernandinho (sommelier) e o carinho de sempre do amigo Juscelino. E quando estávamos indo embora, tivemos que convencer o Gomez a sair do banheiro e ir pra casa…

 

CHEERS!!

 

 

Vinho: Atamisque Malbec 2007

Produtor: Bodegas Atamisque

Origem:  Mendoza (Argentina)

Uvas: Malbec

Safra: 2007

Importadora: World Wine

Preço Aproximado: R$ 78,00

 

Este mês o tema da #CBE  – Confraria Brasileira de Enoblogs – foi bem amplo e pedia um MALBEC de qualquer faixa de preço. Um tanto quanto aberta a pedida, mas que acho bacana, pois teremos uma gama legal de vinhos, de vários estilos e faixas de preço. O meu foi um que, seguindo o conceito do Vinho da Semana, fosse um bom custo benefício. Escolhi o Atamisque Malbec 2007, que foi um dos vinhos que experimentei no Wolrd Wine Experience e que foi uma grande surpresa. Um malbec típico, vermelho bem escuro e intenso, tendendo ao púrpura, que no nariz traz uma madeira bem acentuada, acompanhada de frutas negras como amora. Na boca é aquele “malbecão” típico que enche a boca, temvolume, estrutra, taninos macios e presentes e um final longo. Acatando a sugestão de uma amiga querida, vou começar a colocar no final de todos os vinhos da semana, uma sugestão de harmonização. Neste caso, a tarefa está fácil: Carnes grelhadas (Churrasco) ou com molhos fortes ou um cordeiro ao forno.

 

CHEERS!!

O EnoDeco é um blog de vinhos, mas fala também de outras coisas boas da vida, principalmente as que são relacionadas com a gastronomia. Faz um tempo que quero escrever sobre algo que ando experimentando e gostando cada vez mais e que tem tudo a ver com o vinho: AZEITES! Este precioso líquido espesso, amarelo e frutado tem me fascinado cada vez mais e me instigado a experimentar novas marcas.

Já comentei uma vez aqui sobre o Azeite Petralia, um belíssimo chileno produzido pela vinícola Terramater, este um dos melhores azeites que já experimentei. Outro chileno que costumo ter em casa para situações especiais é o Olave, também chileno e muito parecido com o Petralia, pois é muito aromático, intenso e tem pouco amargor. Muita gente arregala os olhos quando falo da procedência destes dois azeites, mas o fato é que este país tem se destacado bastante na produção de azeitonas. Confiram nesta matéria um pouco mais sobre os azeites chilenos.

Não é novidade que a grande tradição em azeites vem da Europa, principalmente de países como Itália, Espanha e Portugal e até a Grécia e que os azeites mais conhecidos são de lá, mas graças a Deus há uma infinidade de marcas para experimentarmos. Um dos meus preferidos de lá é o Azeite Borges. Não só pela qualidade, como pela extensa linha que eles tem. Além dos varietais (Assim como nos vinhos, feitos com apenas um tipo de azeitona), há os aromáticos da especial linha do renomado chef espanhol Ferran Adriá, vinagres e outras coisas mais. Enfim, uma linha bacana e de altíssima qualidade.

E por último, queria falar da última marca que experimentei e que não vem de nenhum destes países citado acima, mas da nossa vizinha Argentina! O produtor já é bem conhecido por aqui pelos seus vinhos: A Familia Zuccardi! Os seus 3 varietais “Arauco”, “Manzanilla” e “Frantoio”, são feitos com azeitonas extraídas de oliveiras originárias da Argentina, Espanha e Itália e são muito bons, com destaque, para mim, ao Frantoio. Me surpreendi e fiquei muito feliz em saber que ganhei mais um azeite especial para ter aqui em casa e se juntar com os Borges e o Olave, já que o Petrallia eu não encontro por aqui!

Em breve quero explicar um pouco mais sobre a produção de azeites, mas antes preciso me aprofundar e entender melhor. Afinal, a ligação deles com o vinho é muito grande, não só por se tratar de uma “arte” na produção, mas porque os países que ganham destaque são comuns aos 2 produtos!

CHEERS!!

Recentemente andei falando sobre vinhos orgânicos e biodinâmicos e fiquei sabendo no início da semana que haverá agora na Casa da Fazenda (Morumbi – SP) nos dias 08 e 09 de Novembro a segunda edição da Feira de Vinhos Orgânicos e Biodinâmicos. Para a edição deste ano já estão confirmadas mais de 40 vinícolas, a grande maioria, francesas.

Uma das grandes atrações do evento promete ser a presença do melhor sommelier do mundo em 2007, Andreas Larsson, que será o grande anfitrião do evento. O custo antecipado do ingresso, por dia é de R$ 150,00. Na hora, o valor sobre para R$ 200,00. E haverá distinção de horários para profissionais do setor e para enófilos. Os primeiros devem chegar a partir das 14:30 e os enófilos e consumidores, apenas após as 17:30.

Mais informações, na Casa do Porto, telefone (11) 3061-3003. Estarei por lá!

CHEERS!!

 

Vinho: Terra Andina Altos Malbec/Petit Verdot

Produtor: Terra Andina

Origem: Vale Central (Chile)

Uvas: Malbec e Petit Verdot

Safra: 2008

Importadora: Vinci

Preço Aproximado: R$ 55,00

 

Um corte absolutamente diferente para um vinho chileno. Malbec, uma uva que se deu muito bem na vizinha Argentina, tem mostrado que também se faz bons vinhos no Chile. A Petit Verdot, uma uva que não está entre as mais plantadas aqui na América do Sul e que dificilmente é encontrada em vinhos varietais. Duas uvas com estrutura e que dão vinhos encorpados e austeros. Este levou 90+ pontos de RP, uma pontuação sensacional para um vinho de pouco mais de R$ 50,00. É frutado, intenso tanto no nariz como na boca, ainda pesando um pouco o álcool, mas que aqui uns 2, 3 anos estará bem mais macio. Um ótimo achado.

CHEERS!!

Terça-Feira fui convidado para uma degustação bem bacana na Decanter. Estava aqui o Gerente Comercial da Falua – Conde de Vimioso, Roque da Cunha Ferreira. Esta é uma vinícola com ótimos vinhos, localizada na região do Tejo (Nova denominação da antiga região do Ribatejo) e é um projeto do renomado e competente João Portugal Ramos.

A degustação, comandada por Roque foi composta por 6 vinhos, sendo 1 branco, 1 rosé e 4 tintos. Vou falar dos que mais me chamaram a atenção e que merecem algum destaque.

Primeiramente, o excelente Quinta de Foz de Arouce 2008, um branco muito bom, feito 100% com a uva cerceal. Um vinho caro (R$ 125,00) por ser branco, mas de uma qualidade impressionante. Toques minerais fortes, que se juntam a um pouco de madeira e o deixam redondo, elegante e muito equilibrado, com uma acidez moderada e um final médio-longo. O preço espelha a minúscula produção: Apenas 2.500 garrafas!

Para mim, logo depois veio a surpresa da noite. O Conde de Vimioso Rosé 2009 quase enganava na cor. Poderia facilmente passar por um Pinot Noir bem leve e apenas olhássemos a cor. Até por conta desta tonalidade mais forte deste rosé (Touriga Nacional e Syrah), esperava-se que os aromas e sabor fossem mais intensos e foi o que vimos e sentimos. No nariz uma framboesa bem evidente, intensa e na boca ainda tínhamos toques de morango, com acidez e álcool equilibrado e um final não tão longo, mas cumpridor. Um vinho refrescante e marcante. O preço o deixa melhor ainda: R$ 37,00 e pra mim o grande custo-benefício da noite!

Dos tintos servidos, 2 me chamaram a atenção: O Conde de Vimioso Reserva 2007 (R$ 120,00) feito com Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Aragonês, estagiou 16 meses em barricas de carvalho francês de segundo uso e no nariz, uma pronunciada baunilha que se juntava a frutas negras e pimenta. Na boca taninos macios, acidez moderada e ainda um pouco alcoólico, com um longo final. O outro foi o top da vinícola, o Quinta de Foz de Arouce Vinhas Velhas Santa Maria 2005, que é um vinho feito 100% com a uva Baga e bem difícil de beber. Encorpado, intenso e ainda fechado, não conseguiu mostrar toda a sua capacidade. Um vinho de longa guarda, mas que já dá pra notar que vai crescer e se tornar um “monstro”. Frutas Vermelhas, tabaco e um pouco herbáceo no nariz. Volumoso, bom equilíbrio entre acidez e álcool e um final longo! Pelos 14 meses em meias barricas novas de carvalho, não se nota muita madeira ainda. Custa R$ 180,00.

Não conhecia os vinhos deles, mas fiquei impressionado com o nível de todos eles, principalmente por serem de uma região não tão famosa como o Alentejo e o Douro. E o Roque, figura simpática e atenciosa, conduziu a degustação muito bem e foi uma noite bem agradável!

CHEERS!!

Aproveitando que no último dia 22 de Outubro comemorou-se o Dia do Enólogo, resolvi aqui escrever um pouco sobre a confusão que muita, mas muita gente faz sobre 3 termos: Enólogo, Enófilo e Sommelier. Vamos lá:

O ENÓLOGO é formado na faculdade de enologia é o principal responsável pela produção de vinhos numa vinícola. ele é a pessoa que detém todos os conhecimentos técnicos, desde a plantação das videiras até o engarrafamento. É uma pessoa-chave na produção de um vinho pois ele pode determinar quando colher as uvas, como colher, como vai ser o processo de fermentação, de maturação e todas as etapas do processo. É “o cara” e pode ir do céu ao inferno em minutos…!
 
O ENÓFILO é um amante e um estudioso do vinho.  Há aquele que ainda se dedicam profissionalmente meu caso 🙂 sem ter feito faculdade de enologia. Muitos dos críticos, blogueiros e colunistas são apenas enófilos, que algumas vezes fizeram algum tipo de curso. Ou há aqueles que também nunca fizeram um curso, mas que tem muita sensibilidade e conhecimento por tudo o que já leram e principalmente provaram.

O  SOMMELIER é um conhecedor do vinho e que na maioria das vezes fez um curso para se formar sommelier. Nestes cursos ele aprende a servir o vinho adequadamente, aprende os princípios da harmonização e outras coisas importantes para que possa tirar dúvidas e  deixar os clientes dos restaurantes e eventos tranquilos de que fizeram boas escolhas.

 
 
Aos enólogos, homenageados no dia 22.10, minha reverência e admiração pelo trabalho que fazem, possibilitando a nós que bebamos vinhos feitos com cuidado e dedicação!
 
 
CHEERS!!

Depois de 7 anos de luta e discussão,  243 Chateaus de Medóc, Boredeaux, poderão estampar a palavra Cru Bourgeois em seus rótulos. A grande comemoração destes produtores é que eles acham que isto impactará positivamente as vendas de seus vinhos. Mas como nada é unanimidade na vida, alguns produtores abandonaram a luta e não vão entrar nesta nova classificação pois acham que isto não fará as vendas aumentarem.

Mas alguns devem estar pensando: “Mas eu já vi esta denominação escrita nos rótulos bordaleses!” Pois é… de fato ela existe desde 1932, mas sempre foi algo extra-oficial. Eram 444 chateaus de Medóc que tinham seus vinhos selecionados e classificados pelos “Wine Brokers” locais. Mas a idéia de fazer desta classificação algo oficial começou em 2003 e desde então várias negativas foram dadas, sempre com o argumento de que deveria ser algo mais rígido e de qualidade superior ao que vinham apresentando. E finalmente a denominação foi oficializada e dos 290 Chateaus que entraram com o pedido, 243 foram aprovados. Agora, qualquer Chateau poderá entrar com um pedido para ser classificado, mas a Aliança dos Cru Bourgeois do Medoc terá o trabalho de avaliar os vinhedos, a adega e fazer degustações às cegas dos vinhos para definir então se aprovará ou não a propriedade para entrar na classificação. A primeira safra oficial da nova classificação será a de 2008.

Se venderá ou não mais vinhos, só saberemos mais pra frente. Mas é mais um capítulo das complicadas, complexas e muitas vezes polêmicas classificações e leis francesas. Se for para o bem do vinho, que fique pra sempre!

 

CHEERS!!

Os aplicativos do mundo do vinho não param de aparecer. Ainda bem! Desta vez foi a Revista Wine Spectator que criou um aplicativo de safras de diversas partes do mundo, para que possamos consultar como foi determinada safra em determinado local. São 54 regiões analisadas, com layouts bacanas e contando ainda com o auxílio do Google Maps para deixa o aplicativo mais interessante.

É uma boa ferramenta que substitui a famosa tabelinha de safras que muitos carregam na carteira, incluindo eu…!! Assim, quando estivermos em lojas, importadoras ou restaurantes, podemos consultar as safras de determinados vinhos que queremos saber!

Para fazer o download apenas para iPhones, o link é http://apps.winespectator.com

CHEERS!!

Quinta-Feira passada tivemos mais uma Confraria dos Amigos, depois de muita luta para arrumarmos uma data comum a todos. Ficamos quase 3 meses sem nos encontrarmos, tempo este que não é comum nos nossos encontros. O tema foi a Espanha e ficou sob minha responsabilidade levar os tintos da noite, e os brancos foram levados pelo Zé Roberto. O restaurante escolhido não poderia ser outro que não o eleito pela Veja Comer e Beber como o melhor espanhol da cidade, o Eñe! E aconteceu o que eu já previa antes: Os brancos, pela primeira vez foram superiores aos tintos na nossa confraria.

Quando me contaram qual era o branco que ia abrir os trabalhos, eu me assustei e logo vi o que estava por acontecer. Nada menos que um Tondonia Reserva 1991 um vinho absolutamente maravilhoso, elaborado por esta que é uma das mais melhores e mais tradicionais vinícolas espanholas que fica na Rioja. Este vinho, que fica meros 6 anos em barricas, é feito com 90% de Viura e 10% de Malvasia. Para quem não sabe, Viura é a mesma uva que Macabeo e é uma das principais uvas brancas espanholas. O vinho estava espetacular! Acidez equilibrada com o álcool e o corpo do vinho, um nariz que era um mel puro que quase lembrava um vinho de sobremesa. Na boca era muito intenso, final longo e delicioso. O acompanhamento? Tapas espanhóis como corquetes, gambas (camarões) ao alho e óleo, entre outros.

Partimos então para os tintos, que tinham uma responsabilidade grande depois deste vinhaço. E infelizmente eles ficaram pra trás. Eram ótimos vinhos, bem pontuados pela crítica, produzidos por uma excelente Bodega. Mas talvez estivessem jovens demais, ainda mais depois de um vinho de 19 anos de idade. Eram os Dominios de Atauta 2004 e 2005, produtor dos mais conhecidos da Ribeira del Duero. Ambos com 92 pontos do RP, são vinhos com bom corpo, equilibrados, mas ainda um pouco alcoólicos. Abrimos primeiro o 2004 e depois o 2005. Ambos feitos com a uva Tinto Fino (É como é chamada a Tempranillo lá na Ribeira del Duero). Estavam muito parecidos, ainda fechados, alcoólicos mas com corpo excelentes, o 2004 um pouco mais aberto e com frutas vermelhas e o 2005 mais fechado, demorando para mostrar as frutas e mostrando mais madeira. Apesar de novos, dava para ver que tinham um futuro brilhante pela frente…

Para terminar, resolvemos nos dar um gran finalle. Um Pedro Ximenez Alvear Solera 1927. Este vinho é elaborado a partir de uvas Pedro Ximénez, que são expostas ao sol para ficarem secas e depois de vinifcadas, amadurecimento em barris de carvalho por muito tempo pelo método conhecido como Solera. Este método é bom complexo e vou tentar resumir aqui. Neste método um mescla de vinhos de diferentes anos são misturados para que ganhem complexidade e a safra que vai no rótulo se refere ao vinho mais antigo que existe dentro daquela mistura. Este método de Solera leva vários anos até ter a idade adequada, e portanto, é bastante trabalhoso e custoso. E este exemplar levou nada menos que 96 pontos do Parker. Uma preciosidade, que era pura uva passa, aquelas que comemos geralmente na época do natal.

Uma noite marcante e atípica, onde os brancos dominaram de fato!!

Preços:

Tondonia Reserva Branco 1991: US$ 119,50 (Vinci Importadora)

Dominio de Atauta 2004: Não achei esta safra pra comprar aqui no Brasil. Se alguém souber, por favor informe!

Dominio de Atauta 2005: R$ 202,10 (Mistral Importadora)

Pedro Ximenez Alvear Solera 1927: R$ 146,00 (Península Importadora) 

CHEERS!!

 

Vinho: De Martino Legado Syrah 2007

Produtor: De Martino

Origem: Valle de Choapa (Chile)

Uvas: Syrah

Safra: 2007

Importadora: Decanter

Preço Aproximado: R$ 63,00

 

Esta linha “Legado” da De Martino é uma linha especial e cheia de vinhos bons. Este Syrah é um vinho intenso, com muita fruta madura no nariz, madeira bem presente e na boca um final longo, persistente e “gordo”, estruturado. Equilibrado entre álcool, acidez e taninos, um vinho que já levou 90 pontos RP e WS. Ótimo para se comer com uma boa carne grelhada ou até mesmo um cordeiro ao forno. 

 

CHEERS!!

Na última quarta-feira estive na Grand Cru participando da Degustação vertical do Sideral, um dos vinhos da vinícola chilena Altair, que tem vinhos exuberantes e bem pontuados por toda a crítica. La estavam alguns jornalistas, blogueiros e sommeliers, além do pessoal da Gran Cru e da Gerente de Exportações da vinícola. Uma primeira informação que tivemos e que eu particularmente achava que era diferente, é que o Altair não é o primeiro vinho da vinícola e o Sideral, o segundo. São vinhos completamente distintos, com uvas provenientes de diferentes vinhedos e produções distintas. Aquela estória de que ele poderia ser o “descarte de qualidade”do Altair, assim como algumas vinícolas fazem seus “segundos vinhos”não é verdade aqui.

Começamos então pelo Sideral 2002, um vinho 70% Cabernet Sauvignon, 20% Merlot e 10% um blend de outras uvas tintas, com passagem de 15 meses por barricas de carvalho, arrebatando 88 pontos WS e 92 pontos no Guia de Vinos de Chile. Um vinho que no começo se mostrou equilibrado, um ruby intenso e uma presença marcante de CS com muita pimenta, cereja e madeira no nariz. Na boca, um vinho com taninos macios, com o álcool ainda bem presente e final de médio para longo. Pelo nível que conhecemos do Sideral, um pouco abaixo da média. Seria um ótimo vinho de R$ 80,00 e não o que ele vale, por volta de R$ 135,00. Mas não é o que se viu nos outros 3 vinhos.

O Sideral 2003 estava mais pronto para beber que o anterior. Isto muito provavelmente pelo ano quente que teve o Chile e as uvas acabaram amadurecendo antes. Este vinho pode-se dizer que é quase um 100% Cabernet Sauvignon. 84 % desta uva e mais 10% de Merlot e outros 6% de Sangiovese e Syrah. Pontuações mais altas, como 91 RP e 95 pela Wine&Spirits. A cor já mostrava que estava mais pronto para beber, com reflexos alaranjados no vinho. No nariz estava mais fechado, também com pimenta e um poucos de ervas e frutas negras. Mas na boca estava melhor, com taninos mais ásperos, porém com mais sabor, mais equilíbrio e final mais longo. Acidez um pouco maior também.

E para terminar os Siderais, veio o 2005, uma safra histórica para o Chile. Este vinho, ainda novo tem um futuro brilhante e maravilhoso pela frente. 87% de Cabernet Sauvignon e 13% de Carmanére, levou 91 pontos RP. No nariz, um vinho típico do Chile, com muita goiaba, pimenta, madeira e frutas vermelhas. Na boca, mais intenso, mais longo e taninos ainda verdes. Com o tempo no copo, apareceu um chocolate incrível. Um grande vinho!

E para arrebatar, veio a estrela da degustação, um Altair 2004. Uma cor ruby bem profunda, com alguma borra já e muita, muita fruta vermelha e madeira no nariz. Se o Sideral estava novo, o Altair estava um recém nascido. Ainda bem alcoólico, acidez equilibrada, excelente corpo e ainda deixava um chocolate na boca que vem de seus 18 meses em barricas. Um vinhaço que vale abrir daqui uns 4 anos, quando completar sua primeira década!

 

 

CHEERS!!

Ontem coloquei um posto sobre uma vinícola italiana que tem usado a técnica/arte chinesa do Feng Shui para produzir vinhos. Mas surgiu uma dúvida do amigo Ciro que me fez ir até o arquivo de posts do blog para ver que eu nunca falei especificamente sobre este tema. Afinal, o que são os vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais?

O assunto por si só é extenso, já rendeu livros como o famoso “Vinho do Céu à Terra”, do papa da viticultura biodinamica, Nicolas Joly. Aliás, livro que ganhei do grande amigo e parceiro Estacio Rodrigues. Outro livro é de Luciano Percussi “’E vinho, naturalmente”. E devem haver outros, mas eu destaco estes dois caso alguém queira se aprofundar. Mas vamos lá, tentando ser objetivo.

O vinho orgânico vem de uvas cultivadas em uma agricultura orgânica, como qualquer fruta, legume ou verdura que vemos nos supermercados. São vinhedos sem qualquer tipo de agrotóxico ou elemento químico que possa “contaminar” as uvas. Ao longo do tempo, para evitar pragas, insetos e doenças, o homem descobriu formas de ver suas plantações livres de ataques indesejados e que pudessem comprometer seus produtos, suas safras e consequentemente seus lucros. Mas alguns produtores resolveram ir abandonando aos poucos estes químicos, alegando que eles interferiam no sabor final do vinho, coisa que de fato acontece, por “n” motivos técnicos que não vou entrar para não me alongar e porque realmente não sou um Nicolas Joly que domine o assunto a ponto de falar quais são os exatos efeitos na uva, na planta, na vinificação…! Neste tipo de agricultura, os adubos são naturais, como esterco de animais. Diferentes tipo de plantas como gramas e flores fazem parte do vinhedo, o que acaba atraindo insetos benéficos à plantação, pois fazem a polinização e atacam os inimigos naturais. E é assim que é feito o combate de algumas pragas, bem como outros animais que vivem nas plantações, caso de cachorros por exemplo que espantam alguns pássaros. A aragem da terra relembra os primórdios, com cavalos e a colheita é manual. Há outras normas e regras, como o uso apenas de fermentos naturais, mas não quero me alongar

E todo vinho biodinâmcio é obrigatoriamente um vinho orgânico! Mas a recíproca não é verdadeira. O vinho biodinâmico, além dos fatores acima, tem um “algo a mais”. Este algo a mais é o conceito de equilíbrio do ecossistema. A terra é tratada como um ser vivo e as fases de plantação, poda e colheita, muitas vezes são feitas de acordo com o calendário lunar e solar, pois há determinadas ocasiões que as plantas sentem e absorvem diferentes energias, dependendo da fase da lua e do sol. Nicolás Joly, por exemplo, usa algas marinhas no período de seca na floração ele usa arnica, que segundo ele, dá melhores brotos. Com isto, respeita-se totalmente o terroir em questão e as uvas estão saudáveis e puras. E aí vem a famosa expressão que alguns produtores usam, de que o vinho é feito no vinhedo e não na cantina (adega).

E quando eu comentei sobre “Vinho Natural”, foi apenas como uma expressão que muitos usam por aí, pois é uma explicação mais fácil sobre o significado de vinhos orgânicos e biodinamicos. Mas não que um vinho natural seja um outro tipo de vinho.

Como falei, o assunto pode render páginas e páginas. Mas espero ter explicado sucintamente um pouco de cada um.

CHEERS!!

VINHOS FENG SHUI

Vinhos organicos. Vinhos bio-dinamicos. Vinhos naturais. E os vinhos Feng Shui. Agora uma vinícola italiana anda produzindo seus vinhos segundo esta técnica (posso chamar assim?) chinesa.

A Vinícola Cairossa, na litoral da Toscana está localizada num local onde dizem os proprietários, tem muita energia e é um ponto especial de convergência desta energia. Além da localização, as cores do da construção foram cuidadosamente escolhidas, com vermelho por fora e amarelo por dentro, pois estas são as cores que representam a terra e o sol.  Além disto, a produção é toda organica (talvez até seja bio-dinâmica também) e o intuito é fazer um vinho de pura expressão do terroir, inclusive sendo o mais natural possível. A produção é pequena – de apenas 70 mil garrafas – e não há muitos planos de expansão, pois a idéia é continuar pequena mesmo.

Se a moda pega, logo logo teremos mais esta categoria de vinhos… os vinhos feng shui!

CHEERS!!

Uma oferta de emprego tentadora anda rondando o mundo do vinho: Uma vaga de Gerente de Vendas numa grande empresa de bebidas de Dubai, nos Emirados Árabes. A remuneração é muito boa: Um salário anual de 60.000 Libras – Aproximadamente R$ 160.000,00 anuais, o que daria mais ou menos uns R$ 13.500,00 por mês. O salário é muito bom e ainda conta com a isenção de taxas – ou seja, esta quantia é livre, no bolso do funcionário – plano de saúde e direito a passagem de ida e volta para o país natal.

Para concorrer à vaga, o candidato deve ter uma grande paixão pelo vinho, além de ter um mínimo de 5 anos de experiência em vendas e diploma de algum curso do WSet (Wine &Spirits Trust Education).

Aos que quiserem se candidatar e ter uma “vida das arábias”, enviem o currículo (em inglês, claro!) para Liselle Pereira no e-mail lisellep@ane.ae e boa viagem!!

CHEERS!!

Uma semana que promete em alguns dos melhores restaurantes de São Paulo. A Semana Mesa SP promove o Festival Mesa na Cidade. Em parceria com a Wines of Argentina o evento incentiva o consumo de vinhos argentinos em grandes restaurantes – argentinos ou não – da cidade. Os restaurantes criaram um cardápio exclusivo para o jantar com entrada, prato principal e sobremesa a um preço promocional e al[em disto, quem pedir o menu criado poderá contar com um ou mais vinhos argentinos com pelo menos 20% de desconto em cima do preço original. Uma ação bacana, que al[em de divulgar os restaurantes, é bom para os vinhos portenhos que cada vez mais ganham espaço por aqui.

Alguns restaurantes participantes: Vinheria Percussi, A Figueira Rubayatt, Pobre Juan, Arabia, Baby Beef Rubayatt, Barbacoa, Dressing, La Casserrole, entre outros. Pelo que deu pra ver, só coisa boa! Vamos aproveitar então…

CHEERS!!

Duas novidades que vem do Chile tem tudo para agradar a paladares exigentes. A primeira delas é a degustação vertical que a Grand Cru da Bela Cintra promoverá no próximo dia 20 de outubro, de um dos grandes vinhos chilenos. A diretora de exportações da Viña Altair, Claudia Gomez, comandará uma vertical das melhores safras do vinho ícone da casa, o Altaïr. Na ocasião serão degustadas as safras 2003 (RP93), 2004 (RP94), 2005 (RP94) e 2006 (RP92). São apenas 20 vagas e o investimento é de R$ 120 por pessoa. Depois os participantes ainda poderão comprar os rótulos degustados com 15% de desconto. Mais informações pelo site www.grandcru.com.br

A outra novidade não é um evento, mas um conceito de produto bacana. A tradicional e renomada Vinícola Santa Helena acaba de lançar pela Interfood  um kit de 4 vinhos do Vinho Alta Helena. A novidade é que estas 4 garrafas são provenientes de diferentes vinhedos da empresa, nas regiões do Aconcágua, Maipo, Colchagua e Curicó, mas feitos com a mesma uva, a Cabernet Sauvignon. A idéia, é sentir em cada vinho as diferentes expressões de cada terroir que esta uva é plantada no Chile e ver como os vinhos podem sair diferentes, sendo que foram elaborados da mesma maneira, com o mesmo tempo de amadurecimento (14 meses em barricas). A caixa com os 4 vinhos custa R$ 420,00.

CHEERS!!

 

Vinho: Amancaya 2009

Produtor: Bodegas Caro

Origem: Mendoza (Argentina)

Uvas: Malbec e Cabernet Sauvignon

Safra: 2009

Importadora: Mistral

Preço Aproximado: R$ 54,00

 

Este vinho é fruto de um projeto de 2 gigantes do mundo do vinho: De um lado a premiada e competente argentina Catena Zapata e do outro ninguém menos que o Chateau Lafite-Rotschild de Bordeaux (França). Este vinho é um excelente custo-benefício pois é um belíssimo vinho, encorpado, sofisticado e elegante, como este corte de Cabernet-Malbec costuma ser quando bem produzido. No nariz a madeira é presente mas sem excessos, boa acidez, um pouco alcoólico ainda por conta de sua juventude, mas um vinho superior a muitos outros desta faixa de preço. É persistente e tem um final longo.

 

CHEERS!!

Como sempre foi, este blog é aberto para os amigos escreverem, comentarem e fazer o que quiseresm! Até falar mal (se não tiver palavrões…), o espaço tá aberto, afinal esta é a função de um blog e particularmente do EnoDeco! O texto abaixo foi escrito pelo grna de amigo e enófilo Edgard Calfat, um cara que realmente gosta e sabe o que é vinho bom! Ele comentou de uma degustação que fizeram, achei bacana e ele acabou fazendo um texto para compartilhar com todos! Ed, valeu e sempre que quiser, pode escrever mesmo!

CHEERS!!

“Semana passada tivemos mais um jantar, ocasião em que juntamos a “turma do vinho” sem um tema específico. Fomos no Piseli, com o serviço impecável do Fernando (um dos sommeliers do lugar).  Todos os vinhos estavam ótimos, como de praxe com essa turma, mas com duas grandes surpresas.

Começamos com uma Champagne Ruinart Rosé. Impecável e perfeita para o início da noite. Na sequência veio a 1ª grande surpresa: Sol de Sol Pinot Noir 08. O conhecido e reconhecido ícone sul-americano da uva Chardonnay Sol de Sol lançou sua 1ª safra de Pinot Noir. Grande surpresa, pelo que poderia ser um outro vinho desta vinícola tão gabaritada. Mas a surpresa para por aí…um Pinot muito sutil, de cor bem clara – lembrando muito mais um bourgogne na cor e um neo-zelandês mediano no aroma e paladar – diferente dos potentes Pinots chilenos. O que alguns poderiam chamar de feminino, refinado, sutil, etc, nesse caso eu chamaria de quase inexpressivo. Pelo preço, há opções bem melhores, tanto no Chile quanto na Argentina.
Depois abrimos juntos o San Pedro Cabo de Hornos 03 e o Santa Rita Casa Real 03, ambos possivelmente entre os top ten chilenos. Por serem da mesma safra a comparação foi pertinente. No início o estilo parecia o mesmo, ainda que cada um com suas características. Depois de 30 min no decanter, o Cabo de Hornos se destacou pela elegância, ainda que muito potente, enquanto o Casa Real além de ligeiramente mais complexo, estava extremamente intenso e persistente.

Terminamos a noite com a maior surpresa de todas. O vinho veio com o rótulo coberto, o que, é verdade, já induz a pensarmos que se trata de um grande vinho. Todos suspirando e arriscando palpites diversos…Chile, Argentina, Austrália e até Portugal. Gafes à parte, nesse caso elas foram aceitáveis…era um brasileiro: Miolo Sesmarias 2008. O melhor brasileiro que já provei. Soube nessa noite que esse vinho venceu em degustação às cegas com outro grupo o Almaviva e o Clos Apalta. Pode parecer um exagero, mas o fato é real e o vinho, apesar de incríveis 270,00, merece ser provado. No mínimo para muitos saírem da ignorância sobre o potencial dos vinhos nacionais.
 
 
– Sol de Sol Pinot Noir 2008
– Sta Rita Casa Real 2003
– Cabo de Hornos 2003
– SESMARIAS 2008

A Importadora Zahil, uma das mais importantes importadoras brasileiras e que tem uma bela e charmosa loja no coração do Itaim Bibi, acaba de anunciar mais uma novidade em seu portfolio. É o espanhol Castillo Perelada 3 Fincas Crianza, produzido na cidade de Perelada, sudeste da Espanha. É um vinho Crianza, feito com uvas de 3 terroirs diferentes (Daí o nome “3 Fincas”) na região de Empordà (Cataluña): As uvas são Merlot, Garnacha, Samsó – que eu particularmente não sabia, é o nome local para a Carignan – e Cabernet Sauvignon.  Om isto, o produtor pode escolher as melhores uvas, que melhor se adaptaram a estes terroirs, para ter um vinho intenso, com frutas vermelhas e carvalho no nariz, equilibrado e suculento na boca, conforme descreve a importadora.

Eu, que ando numa intensa e deliciosa fase espanhola, vou conferir logo este vinho e volto aqui para dizer o que achei. Até pelo preço – R$ 66,00 – Pode ser uma excelente compra!

 

CHEERS!!

Depois de algum tempo, o nosso amigo e colunista Felipe Kaufmann escreve mais uma “Vinhos e Vôos”, desta vez depois de uma viagem São Paulo-Londres-São Paulo na Club World (classe executiva) da British Airways.

Nestes trechos podemos tomar:

Champagne:

– Champagne Lanson Black Label Brut NV

– Champagne Charles Heidsieck Brut Reserve NV

Um detalhe: Eles também sugerem como drink o famoso Kir Royale (Champagne com Creme de Cassis) e tambem o Buck’s Fizz (Champagne com suco de laranja natural). Ou seja, al[em de servir 2 boas champagnes, ainda oferecem outras possibilidades de drinks com elas!

Vinhos Brancos:

– Rully 2007, Chateau de Rully, Burgundy, France

– Chablis 2008, Domaine Jean-Marc-Brocard, Burgundy, France

– Mount Riley Sauvignon Blanc 2009, Marlborough, New Zealand

– Old Well House Sauvignon Blanc 2008, Western Cape, South Africa

Vinhos Tintos:

– Chateau Lamothe-Cissac 2004, Haut Medoc, France

– Chateau Pey de Pont 2004, Medoc Bordeaux, France

– Vila San-Juliette Merlot 2007, Paso Robles, California, USA

– Cline Cellars “Ancient Vines”Zinfandel 2007, California, USA

Realmente, seria excelente se todas as companhias aéreas tivessem uma carta pelo menos parecida…

Obrigado e até a apróxima, 

Tim Tim,

Felipe

Neste feriado resolvi, por conta do tempo frio, fazer algo que há tempos eu não fazia: Comer fondue e beber um bom vinho branco, ao invés do tinto. Confesso que mesmo sabendo das regras e que o correto para acompanhar o fondue é o vinho branco, acabamos muitas vezes preferindo o tinto pois é o vinho preferido das pessoas, inclusive o meu.

Sabendo que íamos comer um fondue, fui comprar um bom vinho branco para relembrar esta harmonização.  Fui atrás de um branco não tão amadeirado, mas com um certo corpo para não se perder no queijo do fondue. Acabei pegando um vinho que eu nunca havia tomado o Trio, da Conha y Toro, que é feito com Chardonnay, Pinot Blanc e Pinot Grigio, safra 2008. Já conhecia o Trio Tinto, mas este branco ainda não. Um ótimo vinho pelos R$ 42,00 que paguei. Tomei antes de comer o fondue para poder analisar direito e me surpreendeu. Um vinho com muita fruta tropical no nariz, especialmente abacaxi e uma madeira de fundo bem balanceada. Na boca, boa acidez, bem equilibrada com o álcool e além das frutas tropicais que comentei, um leve toque cítrico, que deve vir da Pinot Grigio.

Sobre a harmonização, não me arrependi de “voltar às origens” e seguir a cartilha do casamento entre comida e bebida. Realmente não é por acaso que o vinho branco é a combinação perfeita com o fondue. Não que as vezes que comi com vinho tinto foram ruins, pelo contrário. Mas desta vez deu para sentir muito mais o sabor do queijo e a acidez do vinho, que geralmente é maior nos brancos, ajudava a realçar estes sabores e o mais importante, sem se sobrepor ou ficar aquém do fondue. Ou seja, um belo jantar, seguindo a cartilha da harmonização e ainda por cima conhecendo um vinho novo, o que é sempre interessante para qualquer enófilo…

 

Se posso então dar uma dica, esta é: Fondue com vinho tinto é muito bom! Mas fondue com vinho branco é sensacional!!!

 

CHEERS!!

Para não advogar em causa própria e falar bem dos blogs e da importancia deles na construção de um mercado mais forte, mais interativo, saudável e democrático, vou colocar aqui um link bem interessante de uma entrevista feita pelos amigos Daniel Perches e Beto duarte com ninguém menos que a Diretora Geral do Chateau Phélan-Segur, um dos mais importantes produtores de Bordeaux.

Nesta entrevista ela diz coisas que algumas pessoas ainda hesitam em acreditar e dizer. Mas acredito piamente que estas pessoas serão deixadas pra trás naturalmente, atropeladas pelas interatividade, pelo relacionamento direto com o consumidor e pela troca de informações e experiências destas novas e dinâmicas mídias. Espero que gostem!!

http://www.enoblogs.com.br/blog/index.php/2010/10/a-importancia-dos-blogs-o-outro-lado-da-moeda/

CHEERS!!